domingo, 22 de novembro de 2015

Escrita Narrativa na Oficina do Cego - Primeira Sessão

Curso Intensivo de Escrita Narrativa na Oficina do Cego
Exercícios

Exercício 1 - Juntar Palavras

O que existe é uma alternativa entre dois males inseparáveis. Com esta implicação nenhuma saída é a disponibilidade da potencialidade das minhas qualidades, a que voltaremos num sentido metafórico. Com esta implicação, a relação entre as mudanças está disponível através das plantas naturais. Nesse caso, o entendimento é uma equação.



Exercício 2 - Escrita Automática

Primeira Tentativa

Macaco Cisne Gaivota Ganso Antípoda Maléfico Imenso Coiso Chato Feio Interesse Peruca  Rosa Vermelho Sol Antes Isto Odeio-te Amor Coração Bicho Fofinho Cão Barba Bigode Correria Teclas Lutador

Segunda Tentativa

Pernas Urso Borracha Aguado Maria Irmão Direccionar Constantemente Animais Cabelos Intensamente Papel Antonieta Coroa Taparuére Mesa Caneta Plástico Árvore Jóias Antipático Preto Picos Música Papel

Lista de Coisas - Expressões


  • Caneta que escreve a preto e é estranha;
  • Estojo com ovelhas;
  • Garrafa com água que tenho estado a beber;
  • Quadro com situações maléficas e assustadoras;
  • Objectos de tipografia que não compreendo;
  • Livro com uma capa de círculos não concêntricos às cores;
  • Cartolinas diversas, enroladas e encostadas a um canto;
  • Mosca que se passeia em cima do prato e se alimenta de migalhas;
  • Guardanapo que me deram porque estou constipada;
  • Gato pintado de cor de laranja fora das linhas.
Exercício 3 - O Tarot

Versão 1 - Imperador | Morte | Imperatriz

    A águia planava lá no alto, junto ao sol. Brilhava, brilhava muito, obrigando o Imperador a fechar os olhos. O suor descía-lhe pela testa. Mas a água continuava o seu caminho. O seu trabalho estava feito.

    Os campos à sua frente estavam carregados de mortos. E a águia levava a mensagem de paz. Não haveria mais corpos caídos. A Morte deixaria aqueles domínios, levando a sua foice amarela consigo.

    Voltou-se para o interior do palácio. Sentada no seu trono estava ela. Imperatriz. Tão bela, tão cheia, com seu fulgurante ceptro na mão que havia escrito a mensagem da águia. 

    Ela sorriu.

    Ele sorriu também.

Versão 2 - Papisa | Imperador | Morte

     Sempre a tiveram como antipática. Enfim, tinha mais dinheiro que os colegas da escola... E o pior é que o gastava todo em livros! Mas ela não se importava de ser assim.

    No entanto, havia um problema. Ele... O aficcionado do Benfica, sempre com os seus ares de superioridade. Não se olhavam, não se falavam, mas no fundo ela sentia que o odiava tanto que era preferível que morresse.

     Se bem que noutros dias, quando os seus olhos pousavam no fino bigode do rapaz, sentia que o amava tanto... Tanto que era preferível que morresse.


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